Wednesday, April 01, 2009

Monday, March 23, 2009

Raphael Essoo-Snowdon

Raphael Essoo-Snowdon

O cartão de visita de um modelador 3D / Animador.
Não poderia ser mais criativo do que ter um cartão de visita com um desenho em 3D e é capaz de arrancar parte da mesma e sair um óculos 3D muito legal a ideia.








Thursday, February 19, 2009

Cheese Quest 3D - Jogo em anaglyph 3-D



Cartoon Network Americana tem um game anaglyph 3-D. É chamado Cheese Quest 3D.
Não é muito legal mas dá para ter noção de games com estereoscopia anaglifica, vou tentar fazer um projeto de game assim hehee vamos ver.

Wednesday, February 18, 2009

barcinski-jeanjean







Agência barcinski-jeanjean europeia também utiliza a tecnologia anaglifica, e tambem disponibilizam em seu blog o making of muito bom

http://www.barcinski-jeanjean.com/

A Colle+McVoy criou postal diferente, em 3D. O site traz uma "vila" da neve chamada Snowdin e tem joguinhos e aplicativos legais.

Ficou bem legal a forma que conseguiram dar profundidade principalmente nos joguinhos, vale a pena dar uma conferida.

Em 25 dezembro, recebeu um FWA Site do Dia.

http://www.snowdin.com

Hellmann's utilizando Esteroescopia




O novo site de Hellmann´s – www.suahellmanns.com.br, criado pela Ogilvy Brasil.





Utiliza a tecnoligia da estereoscopia, quando eu estava fazendo meu trabalho de tcc, me falaram "poxa mas isso é muito antigo, defasado" e hoje 3 anos depois vemos esse site com a tecnologia sendo lançado com o primeiro da america latina.

Os óculos estão sendo distribuidos basta apenas se cadastrar eu mesmo já recebi o meu :) muito legal todo personalizado.



O site é todo feito em vídeo, modelagem em 3D e tecnologia Anagliph, muito divertido tb o ator é muito engraçado o que faz o toque todo especial no site.


AE midia espontanea pra Ogilvy e Hellmann´s

Tuesday, October 10, 2006

Saturday, October 07, 2006

APLICAÇÕES DA ESTEREOSCOPIA

6.2 Aplicações da Estereoscopia Anaglífica

Podemos destacar algumas aplicações da estereoscopia anaglífica, ela é ideal para material impresso, como livros, revistas, jornais, fotografias, folhetos e outdoors. Pode ser muito bem utilizada nos meios digitais como computador a projetores de multimídia, internet, também no cinema, mas ainda não pode ser usada na televisão porque o sistema eletrônico de vídeo composto mistura as cores, atualmente algumas empresas estão desenvolvendo uma televisão que possibilita a auto-estereoscopia então não se utilizaria óculos especiais para a visualização em estereoscopia.
A estereoscopia também é aplicada na Anatomia, pela escassez de segmentos anatômicos e a toxicidade dos conservantes, como o formol, têm gerado uma busca intensa por novos meios de demonstração da anatomia humana. Como solução para esta dificuldade pode-se utilizar imagens tridimensionais (3D), que facilitam o processo de aprendizado.

6.3 Simulações Estereoscópicas Interativas de Imersão

Simulação estereoscópica é a participação do usuário com a obra tridimencional, fazendo dele um co-criador, não só fazendo com que o usuário perceba mas também que crie e tome decisões para com a imagem. Na realidade estas são técnicas experimentais que podem ser intensificadas no mundo virtual das simulações interativas. Com a utilização dos óculos para ver em estereoscopia o usuário mergulha em um espaço-tempo abstrato tridimencional, virtual e ilusório.

ESTEREOSCOPIA NA ATUALIDADE

6 ESTEREOSCOPIA ANAGLÍFICA NA ATUALIDADE

A Estereoscopia anaglífica apesar de ser pouco disseminada ela é muito usada em alguns segmentos de nossa ciência como na química, que usa essa técnica para visualização de moléculas (figura 31 e 32).

Figura 31 – Molécula em estereoscopia Figura 32 – Molécula em estereoscopia

Na Astronomia para visualização de planetas dando noções de espaço e profundidade, aprimorando os estudos da superfície dos planetas e sua órbita (figura 33 e 34).

Figura 33 – Pedras da superfície de Marte Figura 34 – Superfície de Marte

Nas ciências biológicas para visualização de bactérias e outros microorganismos (figura 35 e 36), isso proporciona os cientistas a terem uma visão mais precisa e espacial dos elementos.

Figura 35 – Microorganismos Figura 36 – Bacilos

Também usada para o ensino como nas disciplinas de Geometria Descritiva e Desenho Técnico, os estudiosos acreditam que potencialmente podem proporcionar avanço significativo no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento da habilidade de visualização espacial, incentivando a aprendizagem dos conceitos, visando torná-la mais fácil, interessante e atrativa. Com isso, a motivação do aluno tende a aumentar, visto que o estudo não ficará restrito somente à sua capacidade de imaginação.
Atualmente onde se usa muito a estereoscopia anaglífica é na Fotogrametria*, que nada mais é do que a técnica e a arte de extrair de fotografias métricas, a forma, as dimensões e a posição dos objetos nelas contidos, são imagens registradas por satélite e também por aviões (figura 37 e 38).

*Fotogrametria significa: luz, descrição e medidas

Figura 37 – Imagem feita por avião 38 – Imagem feita por satélite

COMO ENXERGAMOS

5.3.1 Como enxergamos
Enxergamos por meio da luz que entra no olho passa por várias camadas e atinge a retina, onde é transformada em estímulos elétricos, os quais são enviados ao cérebro através do nervo óptico. O cérebro interpreta as informações recebidas e as armazena na memória, a profundidade é dada pela diferença de ângulos com que as imagens são percebidas. Ao apresentar aos olhos duas imagens de um mesmo objeto, de pontos de vista diferentes, e conseguir por algum artifício, fazer com que cada olho capte somente a imagem colocada à sua frente, o cérebro, ao receber as duas imagens distintas, interpreta-as como as imagens que receberia se observado o objeto diretamente, e as funde em uma única imagem tridimensional.
A percepção de imagem estereoscópica pode ser obtida naturalmente através da disparidade na retina humana quando se olha para objetos reais do quotidiano. Imagens estéreo geradas por computador, em que há disparidade entre as imagens, é conhecida como paralaxe.
O olho humano é a principal ferramenta para a estereoscopia, pois sem ele não é possível termos a noção de terceira dimensão.
Para a obtenção da visão estereoscópica, através de fotos, é necessário que tenhamos dois olhos e com a mesma capacidade de visão.
Visão estereoscópica significa visão tridimensional e estereoscopia é um dos processos de obtenção desta visão tridimensional.
Observar imagens estereoscópicas faz mal à vista?
A observação de imagens estereoscópicas não causa nenhum dano à vista. Pelo contrário, é um bom exercício para a musculatura ocular e pode até estimular a percepção estereoscópica do mundo. Mas uma vez que as imagens estão em meio eletrônico a observação prolongada a uma pequena distância do monitor não é recomendável devido à emissão de radiação pelo mesmo, o que não tem nada a ver com a estereoscopia em si.

5.2.2 Paralaxe
A Paralaxe é a mudança aparente da posição de um objeto observado, causada por uma mudança da posição do observador. Por exemplo, coloque a sua mão à sua frente ao longo do comprimento do seu braço, e observe um objeto do outro lado da sala por detrás da sua mão. Agora abane a sua cabeça para o seu ombro direito, ficando a sua mão do lado esquerdo do objecto distante. Mude a sua cabeça para o seu ombro esquerdo, para que a sua mão apareça do lado direito do objecto.
A paralaxe que produz a disparidade, que por sua vez, produz o estéreo.
Em outras palavras, disparidade e paralaxe são duas entidades similares, com a diferença que paralaxe é medida na tela do computador e disparidade, na retina.
Existem três tipos básicos de paralaxe que são:
Paralaxe zero, se encontra no plano de projeção, tendo a mesma projeção para os dois olhos.
Paralaxe negativa que é o cruzamento dos raios de projeção para cada olho encontra-se entre os olhos e a tela de projeção, dando a sensação de o objeto estar saindo da tela.
Paralaxe positiva que é o cruzamento dos raios é atrás do plano de projeção, dando a sensação de que o objeto está atrás da tela de projeção.
Figura 30 – Ilustração de paralaxe

5.3 As faces da Imagem

A imagem é gerada através de vários elementos significantes, suportes e signos . É a representação, o simbolo, a simulação, comparação, semelhança.No texto Três paradigmas da imagem Lúcia Santaella nos dá a imprensidível compreensão da evolução da imagem sobre a visão da semiotica, classificando em 3 paradigmas, são eles: Paradigma pré-fotografico, Paradigma fotografico e Paradigma pós-fotografico, ambos observados através dos meios de produção.Paradigma pré-fotografico - Processos artesanais para criação de imagens (pintura, desenhos, gravuras, esculturas).
Paradigma fotografico - Depende de uma máquina para seu registro, tem o objetivo principal captar e registrar imagens reais.
Paradigma pós-fotografico - É a junção e o melhoramento dos dois paradigmas anteriores, são imagens sintéticas, calculadas por computador. Existindo assum sua matriz de números ou pontos titulados de pixel, a imagem é inteiramente abstrata pois não depende de objetosreais e nem de maquinas para registros.

TIPOS DE ESTEREOSCOPIA

4 TIPOS DE ESTEREOSCOPIA

Com base nos dados pesquisados existem alguns tipos de estereoscopia, citaremos os principais.

4.1 Estereoscopia Voluntária

A estereoscopia voluntária que normalmente utiliza um estereoscópio composto por lentes que direcionam uma das imagens do par estereoscópico para o olho direito e a outra para o olho esquerdo permitindo visualizar a imagem em 3D.

Figura 21 – Estereoscópio de bolso

Caso você queira construir seu próprio estereoscópio basta usar duas lentes iguais dispostas em uma armação de óculos podem ser lentes objetivas de binóculos ou lentes comuns utilizadas por joalheiros. As lentes devem ser tais que possibilitem ajuste de foco para distâncias entre 5 e 15 cm do objeto. Com esse processo você constrói seu próprio estereoscópio de bolso como vimos na figura 21.

4.2 Estereoscopia Polarizada

A luz como energia é transmitida de forma ondulatória, as ondas de luz que vibram em apenas um plano designa-se de luz polarizada. No processo de estereoscopia por polarização da luz são utilizados filtros polarizadores que fazem com que as imagens do par estereoscópico projetadas sejam polarizadas em planos ortogonais (por exemplo um plano vertical e um horizontal). São utilizados filtros polarizadores que fazem com que as imagens do par estereoscópico projetadas, sejam polarizadas em um plano vertical e um horizontal. Desta forma cada olho recebe uma imagem diferente e a fusão dessas imagens, vistas por cada olho resultará a visão estereoscópica.

Figura 22 – Projetor e óculos polarizadores


Figura 23 – Óculos polarizador sincronizado (shutter view)

Na figura 23 vemos um óculos polarizador que deve ser plugado diretamente ao monitor de vídeo e com isso permite a visão entre o olho esquerdo e o direito alternam-se rapidamente,os dispositivos interrompem momentaneamente a visão de um olho enquanto apresenta a imagem no outro, permitindo assim a visão 3d.
4.3 Estereoscopia Intermitente ou Cintilamento.
A estereoscopia por luz intermitente baseia-se em estudos do olho humano. As imagens formadas na retina do olho humano persistem por cerca de 0,1 segundo, após a ocultação do objeto. Esse processo explora este fato para estabelecer a separação dos campos visuais dos dois olhos. Primeiro projeta, alternadamente, as imagens da foto da esquerda e da direita, durante cerca de 1/60 de segundo. Em seguida sincronizadamente, veda o campo visual do olho direito, enquanto a imagem da foto da esquerda é projetada. Depois veda o campo visual do olho esquerdo, enquanto a imagem da foto da direita é projetada. Como a freqüência de projeções sucessivas é alta, os olhos vêem, continuamente, as imagens correspondentes e, assim, se obtém a visão tridimensional.
4.4 Estereoscopia por holografia
A estereoscopia por holografia não utiliza pares de imagens estereoscópicas, pois a holografia é uma técnica que registra em filme a informação relativa a um objeto ou cena. Ela capta as informações de uma imagem em 3D incluindo profundidade e as grava também em 3D.
Figura 24 – Ilustração da projeção do holograma

Figura 25 – Holograma

5 ESTEREOSCOPIA ANAGLÍFICA

A técnica de ter em uma mesma imagem plana cujo relevo se obtém por dois canais separados por cores complementares, cria o que chamamos de anaglifo.
O sistema anaglifo usa filtros de cores complementares, geralmente vermelho e azul ou vermelho e verde, para separar as projeções da esquerda e da direita. A filtragem por meio de tintas e papéis celofane coloridos é uma das mais antigas e práticas maneiras de se fazer estereoscopia. A pesar de sua aparente simplicidade deve ser realizada com muito cuidado, tanto na seleção das tintas, que são especiais, como a dos filtros dos óculos e o posicionamento dos elementos da imagem. Outro aspecto necessário para a formação do anaglifo é a questão da inclinação dos modelos de acordo com a distância focal dos olhos do observador em relação à cena, pois além do observador não enxergar o modelo na mesma posição, as faces vistas nunca serão as mesmas, apresentando uma rotação no eixo Y de suas coordenadas cartesianas, determinadas pela distância do observador ao objeto e seu ponto de vista.
O uso de óculos com lente vermelha no olho esquerdo e lente azul no olho direito, atuando como filtros, permitem que cada olho enxergue apenas a imagem correspondente, gerando o efeito estéreo uma sensação de profundidade e imersão no ambiente.
Figura 26- Óculos anaglíficos

Quando olhamos as imagens estereoscópicas sem uma preparação, ou seja, sem os óculos especiais, a impressão que se tem é de que houve um erro de impressão, com os óculos a imagem se torna nítida e com aparência prateada, deixando a impressão de que a imagem está saindo do papel, como se estivesse avançando em nossa direção.

Figura 27 – Exemplo de imagem estereoscópica anaglífica

Existem vários tipos de anaglifo: puro, colorido, tons de cinza, entre outros. As variações também ocorrem pela cor dos filtros empregados.
O sistema anaglifo é o mais popular de todos os processos estereoscópicos.

HISTÓRIA DA ESTEREOSCOPIA

3 HISTÓRIA DA ESTEREOSCOPIA

Há relatos de que a estereoscopia existe muito antes da fotografia pois o estudioso Leonardo da Vinci fez suas primeiras visualizações estereoscópicas sem o auxilio de câmera, e falou sobre o fenômeno visão binocular. Antes mesmo do surgimento da fotografia estudiosos já observavam e estudavam o fenômeno da visão binocular.
O físico Charles Wheatstone (figura 3), em 1838, construiu um aparelho que reproduzia desenhos tridimensionais de objetos e figuras geométricas.


Figura 3 – Charles Wheatstone 1802-1875 Figura 4 – Estereoscópio Wheatstone 1838

Mas foi com a fotografia que essas imagens estereoscópicas vieram com maior ênfase. Em 1849 David Brewster (figura 5) construiu a primeira máquina fotográfica estereoscópica, que ele chamou de estereoscópio (figura 6). Com o estereoscópio, Brewster obteve algumas imagens estereoscópicas, e mostrou para o público que ficou encantado quando conseguiam ver as imagens com profundidade.

Figura 5– David Brewster 1781-1868 Figura 6 – Estereoscópio de Brewster

Oliver Wendell Holmes em 1862, criou outro aparelho estereoscópico que popularizou a estereoscopia no final do século XIX, chamado estereoscópio (figura 7). Para ver as imagens estereoscópicas era necessário usar esse aparelho (figura 8).

Figura 7 – Oliver Wendell Holmes 1809-1894 Figura 8 – Estereoscópio de Holmes

Logo após o invento da fotografia, nos meados do século XIX, os pesquisadores descobriram que poderiam visualizar cenas em três dimensões se utilizassem duas fotos de um mesmo objeto tomadas em posições com afastamento similar aos dos olhos humanos.
Para evitar que ocorressem deslocamentos do objeto entre uma foto e outra, o que não permitiria a estereoscopia, foram desenvolvidas câmeras, como a da figura 9 ou como a da figura 10, já mais moderna, com duas objetivas, separadas em aproximadamente 7 centímetros, que permitiam a tomada do par de fotos simultaneamente, com pontos de vista ligeiramente modificados.
Figura 9 - Antiga câmera com dois visores para obtenção de pares estereoscópicos.
Figura 10 - Câmera com dois visores para obtenção de pares estereoscópicos, fabricada no início do século XX
Os fotógrafos montavam as fotos em papel cartão e, para a observação , as pessoas usavam estereoscópios. Este tipo de passatempo tornou-se muito popular entre os anos de 1870 até aproximadamente o início da primeira guerra mundial. Eram retratos de paisagens, campos de batalha, lugares exóticos ou apenas cenas do cotidiano. Todas as pessoas com certo grau de instrução possuíam o seu estereoscópio particular e uma coleção de pares de fotos. Foi, naquela época, uma verdadeira mania.
As fotografias estereoscópicas entraram em declínio comercial no inicio do século XX, mas encontraram aplicações científicas na fotogrametria aérea e fotointerpretação de imagens de satélite.
Na década de 50, as produtoras cinematográficas norte-americanas usaram o cinema em terceira dimensão, durante um curto período, na reconquista do público perdido para a TV. Foram produzidos vários filmes, como, “House of Wax” dirigido por Andre de Toth em 1953 (figura 11), “Creature from the Black Lagoon” dirigido por Jack Arnold em 1954 (figura 12), “Dial M for Murder” dirigido por Alfred Hitchcock em 1954 (figura 13) e “Flesh for Frankenstein” dirigido por Paul Morrissey em 1973 (figura 14).


Figura 11 – Cartaz do filme House of Wax. Figura 12 – Cartaz do filme Creature from the Black Lagoon


Figura 13 – Cartaz do filme Dial M for Murder Figura 14 – Cartaz do filme Flesh for Frankenstein

A estereoscopia foi sendo esquecida e hoje é apenas objeto de curiosidade pois todos imaginam que para obtê-la são necessários grandes investimentos em sofisticada aparelhagem, o que não é verdade, pois é um processo extremamente econômico permitindo o estudo da linguagem estereoscópica de forma rotineira.

3.1 Estereoscópio

Podemos obter a visão tridimensional por estereoscopia utilizando o instrumento denominado estereoscópio. Basicamente o estereoscópio tem a função de tornar paralelos os raios visuais do observador.
O estereoscópio é um instrumento composto por lentes que direcionam uma das imagens do par estereoscópico para o olho direito e a outra para o olho esquerdo, permitindo visualizar a imagem de forma tridimensional. Ele separa fisicamente as visões esquerda e direita, eliminando a possibilidade do cruzamento entre as visões. Essencialmente, o estereoscópio é constituído por um par de lentes convexas montadas sobre um suporte. Uma das grandes vantagens desse tipo de aparelho é permitir que o observador ajuste a distância pupilar entre as lentes, bem como ajustar a distância de visualização.

Figura 15 – Taxiphote Jules Richard 1904 Figura 16 – Estereoscópios portáteis

3.1.1 Pares estereoscópicos

Os pares estereoscópicos são imagens registradas de uma mesma cena feita simultaneamente, os pares estereoscópicos antigos eram reproduzidos em chapas de vidro (figura 17) e papel cartão, posteriormente passou a ser usado o acetato e o papel fotográfico.

Figura 17 – Par estereoscópico em chapa de vidro

Para obter um par estereoscópio, é necessário uma máquina fotográfica com dois obturadores que serve para registrar duas fotos em seqüência do mesmo objeto deslocando-se a objetiva em 7 centímetros, os objetos formarão imagens em cada uma das fotos, gerando paralaxes que proporcionarão a noção de profundidade entre pontos na observação.
Os eixos da câmara, em cada exposição do par, devem ser aproximadamente coplanares*.
Para visualização do par estéreo, é necessário que seja posicionada as imagens considerando-se à distância entre os olhos do observador e, ainda, ligeiramente deslocadas na horizontal, podendo ver com a visão cruzada, ou com o uso do estereoscópio.


Figura 18 – Pares estereoscópicos em papel fotográfico

VISÃO BINOCULAR

2.1 Visão Binocular

Visão binocular trata-se de uma projeção, num plano horizontal ou o resultado do que cada olho vê. A visão que temos do mundo é resultado da interpretação feita pelo cérebro, de duas imagens bidimensionais que cada olho capta a partir de seu ponto de vista e das informações sobre o grau de convergência e divergência. Os olhos humanos estão em média a 65 milímetros um do outro e pode convergir, de modo a cruzarem seus eixos em um objeto a poucos centímetros à frente do nariz, o objeto que está ao fundo duplica-se e ficando desfocado, e podem também divergir quando se olha o objeto do fundo o da frente se duplica.
Para que haja visão binocular, é necessário, interposição de estímulos, tamanhos relativos das imagens, contornos e brilhos, zonas de sombras e iluminação (sugerindo relevos e cavidades); perspectiva, e perspectiva cinemática2.
A base para a percepção estereoscópica é a disparidade3 binocular do sistema visual humano, que gera duas imagens ligeiramente diferentes quando uma cena é projetada nas retinas dos olhos. As duas perspectivas diferentes das imagens são fundidas no córtex visual do cérebro, de forma a compor uma simples visão estereoscópica (tridimensional).


Figura 19 – Simulação da visão binocular

2-Perspectiva cinemática (pelo observador em movimento: objetos mais próximos com deslocamentos aparentes mais rápidos).
3- Disparidade da retina é a distância, na direção horizontal, entre os pontos de sobreposição correspondentes às imagens esquerda e direita na retina.


2.1.1 Geometria da Estereoscopia

- Duas câmeras de distância focal f, e centros em O1 e O2
- Distância O1O2 = d
- Ângulo entre os eixos _ópticos: 2_
- Sistemas de coordenadas:
Camera 1 : X1; Y1; Z1
Camera 2 : X2; Y2; Z2
Cena : X; Y;Z
Figura 20 – Esquema de visão binocular
Na figura 20, a semi-reta partindo do olho direito D para o ponto 1 contém as duas projeções desse ponto. Com a visão desse olho, é difícil localizar em que posição e distância realmente está o objeto 1. O que permite ao cérebro localizar o ponto e avaliar a distância dele, é a união das informações visuais fornecidas pelos dois olhos: as duas semi-retas unem-se apenas num ponto, onde está o objeto 1. Note que as imagens vistas pelos dois olhos são diferentes uma da outra: por exemplo, o olho direito vê o ponto azul à direita do castanho, enquanto o olho esquerdo vê-os na posição trocada. Pode-se dizer que isto provocaria uma confusão na interpretação final da imagem.Na verdade, são essas diferenças aproveitadas pelo cérebro que conclui qual dos dois pontos está mais próximo e mesmo para fazer uma estimativa das distâncias relativas deles. Há também um mecanismo automático que leva o cérebro a controlar a convergência dos dois olhos. Para uma visão nítida do ponto castanho, os olhos devem estar orientados em duas direções que fazem um ângulo maior do que no caso do ponto azul, mais distante.

ESTEREOSCOPIA

Muitos animais têm os olhos posicionados nas laterais do rosto. Esse tipo de visão é conhecido como visão lateral e oposta. O lado bom de enxergar dessa forma, é que podem olhar de uma só vez quase todo o horizonte em uma visão de 360º (figura1), o lado ruim é que falta profundidade e noção de espaço. A visão monocular é isso, uma visão bidimensional.
Os humanos por outro lado, dispõem de visão binocular. Se não tivéssemos visão binocular, simplesmente não teríamos a sensação de profundidade quando observamos o ambiente. Não saberíamos ao certo o que está na frente e o que está atrás.
Figura 1 – Ilustração de visão dos animais e do homem

A estereoscopia ou visão binocular (figura 2) resulta da captação por cada olho de uma imagem ligeiramente diferente do mundo observado. A estereoscopia é um fenômeno natural que ocorre quando uma pessoa observa algo. A visão estereoscópica resulta do fato de que o olho humano enxerga, em decorrência à sua localização na face, imagens ligeiramente diferentes da cena. O cérebro, então, funde as duas imagens em uma única e, nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos presentes na cena, gerando a sensação de visão tridimensional.
Esse fenômeno tem sido conhecido desde a antigüidade.

Figura 2 – Ilustração de como o olho enxerga (Estereoscopia)

Muro Anaglyph


Mais um teste

Panda Anaglyph



Um teste de criação de uma imagem anaglyph com o photoshop


Monday, September 18, 2006

A TV que pula para fora da tela

A TV que pula para fora da tela

"O governo da Coréia do Sul anunciou recentemente um ambicioso projeto chamado “Visão 3D em 2010” para tornar a televisão estereoscópica o padrão mundial"

MICHAEL KRANTZ


Num laboratório de óptica sem nada de especial, enfiado num anônimo conjunto de prédios de escritório no Vale San Fernando, os hackers de fóton do Deep Light estão me mostrando o futuro da mídia. O objeto da atenção deles é uma pequena tela na qual um gladiador animado está tendo um embate com um monstro dotado de chifres num cenário tipo Coliseu.

Mas não é uma imagem de quadrinhos plana – é todo um espaço em três dimensões. Os combatentes se enfrentam a poucos centímetros dos meus olhos de forma tão convincente que tive um impulso de pegá-los. E eu não estou usando aqueles esquisitos óculos de papelão vermelhos e azuis. Estou vendo um imagem tridimensional a olho nu. Meu anfitrião, o co-fundador da Deep Light, Dan Mapes, gira sobre os calcanhares, rindo de contentamento. “É legal, não é?” Sim, é legal. Os televisores comuns têm uma resolução de 500 linhas. A maioria das telas de alta definição tem alcance de 1.050 linhas. O HD3D (tridimensional de alta definição) chega a 1.280 linhas – o que significa uma imagem com qualidade superior à de qualquer outro televisor disponível hoje em dia, com uma impressão convincente da terceira dimensão.

E eis a parte psicodélica da nova tela que a Deep Light planeja lançar na feira Consumer Eletronics, em Las Vegas: múltiplas “lâminas” de vídeo permitem que uma tela mostre diferentes programas a diferentes espectadores ao mesmo tempo.

Imagine o que isso pode fazer na sua sala de estar. Seu filho esparramado no chão, respingando de sangue as paredes virtuais do Quake 3D, enquanto você, sentado no sofá, assiste ao noticiário e sua esposa ao lado conversa com amigos numa sala de bate-papo virtual – tudo na mesma TV, tudo ao mesmo tempo e tudo em três dimensões.

Basta inclinar-se alguns centímetros para a direita e as últimas notícias do pregão da Bolsa de Valores se transformam num bate-papo tridimensional com o casal que esteve na sua casa para jantar uma noite dessas. Incline-se na direção oposta e verá Júnior explodindo um zumbi. E algo parecido está acontecendo na casa do vizinho. E em metade do mundo.

Certamente que uma grande quantidade de obstáculos técnicos e financeiros se interpõem entre os pioneiros das 3D de hoje e o futuro. Mas Mapes acha que a Deep Light tem uma enorme tendência a seu favor: a evolução da humanidade na direção de uma representação da realidade mais sofisticada.

Nós enxergamos o mundo em três dimensões, mas durante a maior parte da História só temos sido capazes de retratá-lo em duas. Até recentemente ninguém tinha surgido com uma solução melhor para este problema do que um par de óculos imbecis.

Quando o Rover enviou imagens de Marte, os cientistas da Nasa as analisaram usando óculos muito parecidos com aqueles que as platéias de cinema usaram na década de 1950 para assistir It Came From Outer Space (Veio do Espaço).

Nos domínios da indústria, isso vem mudando, pois o que é conhecido como formação da imagem estereoscópica tornou-se um grande negócio que envolve desde que pesquisadores de medicamentos fazem mapeamento molecular a projetistas de carros. Culturalmente, porém, continua sendo uma novidade confinada a um ocasional passeio num parque temático. Filmes comerciais recentes como As aventuras de Shark Boy e Lava Girl em 3-D chamaram a atenção para isso um pouco, mas eles ainda exigem os óculos.

Mas a revolução de alta tecnologia finalmente faz o entretenimento em três dimensões passar para o próximo estágio. A Sharp vendeu 3 milhões de celulares tridimensionais no Japão desde 2003 e acaba de lançar um laptop com tela que alterna duas e três dimensões.

O governo da Coréia do Sul anunciou recentemente um ambicioso projeto chamado “Visão 3D em 2010” para tornar a televisão estereoscópica o padrão mundial dentro de cinco anos, e uma série de empresas estão apressando a Deep Light para encaixar as peças desse quebra-cabeça. Em abril, a Toshiba anunciou uma nova tecnologia de exibição para telas de TV tridimensionais. “A televisão é o Santo Graal das três dimensões”, diz Chris Chinnock, presidente da Insight Media.

Nesse caso, o Lancelot das três dimensões pode ser um professor da Cambridge University chamado Adrian Travis. No outono de 1986, quando era um estudante, Travis teve uma idéia que chamou multiplexação do tempo. Suponha que você vai passar uma imagem através de uma lente e abrir um obturador quando ela emergir para guiar a imagem para um ângulo preciso.

E suponha que você possa fazer isso com 30 imagens por segundo através de dez ângulos diferentes. Como se estivesse embaralhando cartas, você irradia dez ângulos da sua imagem de forma tão veloz que, independentemente do lugar onde o espectador estiver em relação à tela, cada um de seus olhos verá seu próprio ângulo de vídeo ao vivo. Voilá: o 3D natural.

O problema foi a velocidade. Os filmes precisam de 24 quadros por segundo para que seu cérebro seja enganado e veja movimento. A multiplexação do tempo precisava de 300 quadros e não existia um dispositivo para fazer isso.Travis, então, simplesmente decidiu que ele mesmo construiria um. “Pensei que fosse um esquema de ficar rico depressa”, conta ele rindo.

“Eu ganharia uma fortuna e depois decidiria o que realmente queria fazer na vida”. Em vez disso, seguiu-se o curso de tantas outras descobertas de alta tecnologia, uma longa sucessão de investidores reduzindo gradualmente suas contribuições até que o rastro das licenças e sublicenças foi da Europa para a Ásia e daí para Los Angeles e Dan Mapes.

Mapes é um talento da alta tecnologia que vem pregando o evangelho de mundos virtuais desde a década de 1960. Há três anos, estava em seu laboratório em Santa Monica, Califórnia, quando um ex-empregado que então trabalhava na Coréia lhe telefonou falando com entusiasmo sobre a multiplexação do tempo. Assim, Mapes foi para um laboratório militar da Northrop Grumman no Vale San Fernando, onde a mais recente caixa de demonstração de Travis, uma gigante de 50 polegadas (1,25 metro), estava lá, juntando pó.

E o que viu, diz ele, mudou seus planos de carreira imediatamente. Ele e dois sócios, Paul Yoon e Robert Kory, gastaram US$ 2 milhões e passaram três anos juntando todas as patentes e licenças pertinentes sob um guarda-chuva corporativo para construir seu primeiro HD3D (3D em alta definição).

A pequena empresa, que ainda está para contabilizar sua primeira venda de verdade a um fabricante, não tem garantia de vencer a corrida da 3D, mas a multiplexação do tempo, a única retroprojeção que dispensa os óculos até agora, pode oferecer uma vantagem em relação a competidores maiores.

A tela plana da Toshiba, por exemplo, alterna fileiras de pixels para gerar diferentes ângulos para cada olho para poder produzir um efeito tridimensional, mas ao custo da resolução da tela – 480 linhas em relação às 1.280 linhas da Deep Light. A Deep Light diz que os primeiros monitores de computador com 3D natural poderão ser lançados já neste inverno por cerca de US$ 5 mil, e os televisores em HD3D poderão estar disponíveis no próximo ano por US$ 10 mil – uma quantia que talvez não esteja fora de cogitação para os fanáticos por home theater. Esses preços poderão baixar quando a tecnologia for produzida em massa. É claro que tudo depende de a Deep Light encontrar fabricantes dispostos a licenciar sua tecnologia.

É quase certo que se passarão anos antes que alguém comece a fazer programas comuns de televisão em 3D, uma situação que sugere um típico problema do ovo e da galinha – por que as gigantes do hardware construiriam aparelhos de televisão em 3D se as estações de televisão não apresentam nada para seduzir os consumidores a comprá-los?

Porque, é o que esperam a Deep Light e seus concorrentes, a antiga programação bidimensional poderá ser reformulada para os novos aparelhos. “Podemos criar sinteticamente os dados em três dimensões que são perdidos quando filmamos com uma câmera de duas dimensões”, diz Chris Yewdall, diretor-presidente da Dynamic Digital Depth, uma empresa de tecnologia tridimensional de Santa Monica. O software da empresa no laptops 3D da Sharp permite que você assista DVDs comuns em três dimensões. Teoricamente, uma caixa semelhante conectada a um sistema HD3D poderia converter filmes assim que o mercado de monitores em 3D ganhar escala.


Publicado em 08-agosto-2005
Fonte: O Estado de São Paulo – Link - Tecnologia

Phantogram













No dia 15 de Setembro, fizemos uma entrevista com o Marcos Muzi fotógrafo profissional há vinte anos, pratica a estereoscopia há 10.




Em um bate papo me mostrou o Phantogram fiquei muito interresado pois é muito interresante, me chamou muito a atenção pois a ilus'ao é muito maior, pois parece que o objeto sai do papel, vale imprimir essa imagem e visualizar com o oculos.